terça-feira, 20 de julho de 2010

Diet e Light, a confusão.

Eles são usados em larga escala por pessoas que querem emagrecer devido à idéia desses produtos conterem menos calorias. Porém nem todos são ”light” no sentido de serem menos calóricos, pois alguns possuem até mais calorias do que o produto normal. Quando os produtos diet e light foram lançados no mercado (na década de 80) a impressão era que os dois eram sinônimos. Hoje em dia a população já consegue diferenciar um pouco mais os dois tipos, mas ainda apresentam certa dificuldade. Muitas pessoas acham, por exemplo, que os produtos diet são específicos para diabéticos, ou seja, possuem menos açúcar, mas não é bem assim.

Os produtos Diet são isentos de uma substância qualquer que o compõe, como açúcar, proteína, glúten, sódio ou gordura. Esses produtos foram projetados para um grupo específico de pessoas que apresentam alguma restrição alimentar como os diabéticos (açúcar), os hipertensos (sódio) e os celíacos (glúten). Os chocolates diet normalmente são restritos de açúcar e isso gera uma confusão na cabeça do consumidor, pois com menos açúcar ele deveria ser menos calórico e até mais saudável, não? Eis a questão. Na retirada do açúcar os fabricantes precisam adicionar outro componente para torná-lo palatável, que geralmente são os adoçantes e a gordura. Portanto ele não apresenta açúcar, mas possui maior quantidade de gordura, tornando-o mais calórico que os chocolates normais.

Já nos produtos light ocorre a diminuição percentual de determinado componente do produto ou a diminuição de no mínimo 25% do valor calórico do produto original. Outra diferença: os produtos diet não precisam de um produto base, original para ser fabricado, já o light deve ser produzido levando em consideração os valores calóricos de um produto padrão, normal, para ser feita a comparação da redução calórica. Os produtos lights são amplamente utilizados em dietas de emagrecimento devido à redução de calorias consumidas.

E ainda temos o termo “zero”, que só veio para botar lenha na fogueira. Ele normalmente é empregado em refrigerantes e é relacionado à retirada total de açúcar. A coca diet (lembra?) tinha a função diet como foi descrita acima, ou seja, ela não possuía açúcar em sua composição. Um tempo depois a mesma coca diet virou a conhecida coca light. Sim, a coca light permaneceu sem açúcar e mesmo com a nomenclatura “light” ele é um produto dietético com menos calorias. A vinda da coca zero não muda muita coisa, é a coca light com nome novo. É uma estratégia de marketing da empresa para ganhar novos consumidores com o mesmo produto. Os refrigerantes “lights” são realmente mais chamativos pela sua quantidade calórica ser largamente menor do que a normal, porém não faz do refrigerante um produto saudável. Devemos lembrar que como qualquer refrigerante, eles possuem altos valores de sódio e muitos edulcorantes (adoçantes) que em excesso fazem mal a saúde.

Além desses aspectos, a rotulação também não facilita a vida do consumidor. Mesmo com uma legislação vigente, a informação passada ainda é deficiente.Segundo a legislação os produtos diet devem apresentar a seguinte frase"Consumir preferencialmente sob orientação de nutricionista ou médico" e devem mostrar avisos para diabéticos se o produto contiver glicose, porém não precisam apresentar qual componente da fórmula é o restito. E mais, uma análise realisada pelo Inmetro revela que a mais de 70% dos produtos diet analisados não atende a legislação, pois o valor dos componentes descrito no rótulo não condiz com a quantidade real do produto como o de colesterol, gorduras saturadas, fibras e de valor calórico.

Por Ingrid Zago
Referências

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