Como título de uma matéria publicada no jornal “The New York Times”, pela sua tamanha influência na mídia, pela importância desse site para o crescimento intelectual e para a informação mundial, é com um imenso prazer que iniciamos a tratar dessa matéria tão interessante e que nos chamou atenção.
A matéria trata de um projeto de médicos de três centros de saúde de Massachusetts, que têm como objetivo modificar a realidade da alimentação de crianças obesas de baixa renda, que muitas vezes não tem acessibilidade a frutas e verduras, ou até mesmo nem são familiarizados com esse tipo de alimentação. Eles começaram aconselhando os pacientes a comerem “prescrições produzidas” dos mercados de agricultores locais e para isso, eles darão cupons no valor de $ 1 por dia para cada membro da família, para que assim possam promover a alimentação saudável.
O objetivo deles é aumentar o consumo de frutas e verduras desses pacientes, em uma refeição por dia. Sem contar que isso contribuiria para o crescimento dos agricultores, podendo assim até concorrer com as redes de fast-foods.
O objetivo deles é aumentar o consumo de frutas e verduras desses pacientes, em uma refeição por dia. Sem contar que isso contribuiria para o crescimento dos agricultores, podendo assim até concorrer com as redes de fast-foods.
Massachusetts foi um dos primeiros estados a implantar esse mercado de agricultores voltados para a nutrição e centros de saúde preventiva. O prefeito de Boston disse acreditar nessa nova técnica adotada, onde se prescreve vegetal e se incentiva com o dinheiro para que assim a prescrição seja realmente seguida a fio. Para a conclusão desse projeto, os médicos irão acompanhar os participantes e controlar os indicadores de saúde, como o índice de massa corporal.
Recentemente, o prefeito nomeou um chefe como diretor de política alimentar para promover os alimentos saudáveis em escolas públicas e também hortas públicas na cidade, o que não é uma má idéia. Além do mais, por se tratar de pessoas de baixa renda, uma horta comunitária, além de ajudar no comportamento social, melhoraria e muito a qualidade de vida local.
Um artigo recentemente publicado pelo jornal “Health Affairs”, a obesidade infantil nos Estados Unidos custa por ano $ 14.1 bilhões com despesas em remédios e visitas de médicos as salas de emergência. E que anualmente, o tratamento de doenças relacionadas à obesidade em adultos tem um custo estimado em $ 147 milhões, o que são dados alarmantes e que mostram a necessidade de um programa e saúde que tenha exatamente esse objetivo, de minimizar os índices de obesidade melhorando qualitativamente a dieta da população.
Será mesmo que esse projeto pode resultar em melhorias na qualidade de vida dessas crianças e famílias envolvidas? Por mais que a obesidade seja um problema complexo, não pode ser resolvido simplesmente pela inclusão de frutas e vegetais na dieta. Esses são hábitos que vão se adquirindo com o tempo e que sempre devem estar associados a hábitos saudáveis, a uma prática de atividade física e acima de tudo disciplina para se alcançar um objetivo, que nesse caso, é adquirir hábitos mais saudáveis com relação à alimentação. Os defensores do projeto esperam que a intervenção do médico vá estimular os jovens a adotarem mudanças comportamentais que podem ajudar a prevenir a obesidade ao longo da vida. Embora o projeto de “prescrições produzidas” seja pequeno, as pessoas que apóiam, analisam como modelo para incentivar as crianças obesas e suas famílias, a aumentarem o volume e a variedade de produtos frescos que consomem.
A proposta é algo inovador e muito possível de acontecer se tiver monitoramento e se as pessoas envolvidas, ou as que passarem a se enquadrar no projeto, tiver sempre disciplina, pois para mudar os hábitos alimentares a fim de redução de peso é preciso calma e determinação para que as coisas, mesmo que às vezes vagarosas, possam ter um resultado duradouro. Um programa de prescrição de vegetais isoladamente pode não ter influência na redução da obesidade em longo prazo, pois as famílias podem retomar hábitos antigos no inverno, por exemplo, quando os mercados agricultores se fecham e pode ser que eles não tenham condições de adquirir produtos frescos após o término do programa, dizem pesquisadores.
Essa é realmente uma determinante que pode acontecer e além do mais, se as pessoas não reduzirem o consumo de alimentos com alto teor de açúcar, salgados e frituras, mudanças de comportamento como comer mais frutas e verduras poderá ter efeito limitado sobre a obesidade.
Por Érika Guedes Freire.
REFERÊNCIAS
- VITOLO,M.T.Nutrição da gestação à adolescência.Rio de Janeiro,RJ.2003.
Nenhum comentário:
Postar um comentário