sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Dieta do Mediterrâneo


A dieta do mediterrâneo leva esse nome devido aos alimentos consumidos já serem usualmente inseridos na dieta normal dos habitantes da região mediterrânea. Na dieta, alimentos como frutas, hortaliças, grãos, frutas secas e o azeite de oliva extra virgem são amplamente consumidos, tendo também o consumo moderado de peixe, vinho, leite e derivados. Já as carnes vermelhas, açúcares, frituras e alimentos com alto teor de gordura saturada são evitados.

Pelo largo consumo de hortaliças, frutas e grãos, a dieta apresenta ótima quantidade de micronutrientes ingeridos, além de ser rica em fibras. O vinho tinto também conhecido no uso da dieta trás benefícios devido a sua ação em reduzir a oxidação de LDL- colesterol, o qual é envolvido diretamente no processo de formação da aterosclerose. Já o consumo do azeite de oliva apresenta benefícios à saúde devido à presença do ácido oléico. Este é um ácido graxo monoinsaturado que também auxilia na baixa incidência de aterosclerose. Há estudos que comprovam que em dietas de baixo teor de lipídeos, porém constituído com ingestão de ácidos graxos monoinsaturados, os indivíduos apresentaram queda nos níveis de colesterol plasmático e um aumento relativo de HDL-colesterol.

Em outro estudo foram analisados 322 indivíduos dos dois sexos e diferentes idades, alguns apresentando diabete (tipo 2). Esses indivíduos foram divididos em três grupos, um com dieta de redução de gordura, outro com redução de carboidratos e o ultimo estava fazendo a dieta do mediterrâneo. O estudo revelou que ambos os grupos tiveram perda de peso, mas o grupo que estava na dieta do mediterrâneo apresentou baixo teor de LDL-colesterol. Além disso, as mulheres que estavam no grupo da dieta do mediterrâneo apresentaram maior perda de peso em relação às mulheres dos outros grupos. O estudo ainda faz uma ressalva de que pode haver relação entre o consumo de gorduras monoinsaturadas e a sensibilidade à insulina, pois os participantes diabéticos (do tipo 2) do grupo da dieta do mediterrâneo apresentaram redução dos níveis plasmáticos em jejum, os mesmos dados dos diabéticos dos outros grupos permaneceram iguais.

A dieta do mediterrâneo ficou conhecida justamente pelo fato de que os habitantes dessa região apresentaram menor incidência em doenças cardiovasculares e doenças crônicas não transmissíveis. Sendo uma dieta que consiste no consumo de alimentos variados e com menos gordura saturada, a prática dessa dieta também é conhecida por permitir um emagrecimento saudável, ao contrário da maioria das outras dietas mais conhecidas.

Por Ingrid Zago


Referências:

ANGELIS, Rebeca Carlota de. Novos conceitos em nutrição: reflexões a respeito do elo dieta e saúde. Arq. Gastroenterol. 2001, vol.38, n.4, pp. 269-271. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732004000400002&script=sci_arttext&tlng=en.

MOREIRA, Ana Vládia Bandeira and MANCINI-FILHO, Jorge. Influência dos compostos fenólicos de especiarias sobre a lipoperoxidação e o perfil lipídico de tecidos de ratos. Rev. Nutr. 2004, vol.17, n.4, pp. 411-424. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-28032001000400010&script=sci_arttext&tlng=es.

OLIVEIRA, C. In: Idmed. Dieta do Mediterrâneo. 2009. Disponível em: http://idmed.com/Nutrição/Dietas/dieta-do-mediterraneo.html.

Weight Loss with a Low-Carbohydrate, Mediterranean, or Low-Fat Diet
New England Journal of Medicine - Julho/2008
. Disponível em: http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMoa0708681.

MARZZOCO, ANITA. TORRES, BAYARDO. Bioquímica básica. 3ª ed. Rio de Janeiro. Ed: Guanabara Koogan, 2007.

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